Autocarros sem condições

TST de <i>terceiro mundo</i>

As viaturas que a Transportes Sul do Tejo (TST) está a disponibilizar para o serviço das praias estão a causar desmaios durante das viagens e má disposição dos utentes.

Viaturas adquiridas em outros países

A denúncia é feita pela União de Sindicatos de Setúbal (USS/CGTP-IN) que, em nota de imprensa divulgada no início da semana, exige da maior empresa privada de transporte de passageiros «respeito» pelos trabalhadores, pelo serviço público de transportes, pelos utentes e pela população da Península de Setúbal.
A razão para os desmaios e para a má disposição durante as viagens prende-se, segundo a USS, com o facto de as viaturas, totalmente fechadas, serem «adquiridas em países com outro estilo de clima», apesar «de ser instalado o ar condicionado quando chegam a Portugal». No entanto, continua, «tal operação não resolve o problema, pois o ar fica saturado, criando um clima (ambiente) insustentável para os utentes e o motorista da viatura».
A União de Sindicatos acusa ainda a empresa de utilizar viaturas com o ar condicionado avariado, apesar de ter adquirido recentemente alguns autocarros, em boas condições, que não estão ao serviço do trajecto das praias.
Sobre o desresponsabilizar da TST, que atribui culpas aos motoristas por não ligarem o ar condicionado, a USS lembra que a «falta de meios que proporciona aos seus trabalhadores e utentes é exclusivamente da sua responsabilidade».
 

Roubo comprovado

Para além da patente «falta de condições de trabalho», a União de Sindicatos de Setúbal acusa a administração da TST de não respeitar a «legislação de trabalho», ao «tentar impor o tempo de disponibilidade», o «subsídio de agente único», o «pagamento dos proporcionais por trabalho extraordinário e trabalho nocturno» e «violar sistematicamente os horários das chapas de serviço».

O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), que também se pronunciou sobre os desmaios nos autocarros da TST, deu a conhecer que seis dos seus associados receberam, no total, 48 661 euros de créditos referentes aos descansos compensatórios, estando a decorrer em tribunal mais sete processos.

 



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